Cotado para o Planalto, Maia escreve que “precisamos ajudar o Brasil a sair da crise”
Tendo o nome fortalecido como alternativa a Michel Temer, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) sinalizou ao mercado compromisso com as reformas econômicas nesta sexta-feira (7).
Em mensagens no Twitter, Maia pregou “tranquilidade e prudência” e disse que “precisamos ajudar o Brasil a sair da crise”.
Precisamos ter muita tranquilidade e prudência neste momento. Em vez de potencializar, precisamos ajudar o Brasil a sair da crise. #reformas
— Rodrigo Maia (@DepRodrigoMaia) July 7, 2017
O presidente da Casa pediu o estabelecimento “o mais rápido possível” da “agenda” da Câmara dos deputados, envolta atualmente na análise da denúncia que tramita na Comissão de Constituição e Justiça contra Temer.
“Não podemos estar satisfeitos apenas com a reforma trabalhista. Temos Previdência, Tributária e mudanças na legislação de segurança pública”, pautou Maia.
Não podemos estar satisfeitos apenas com a reforma trabalhista. Temos Previdência, Tributária e mudanças na legislação de segurança pública.
— Rodrigo Maia (@DepRodrigoMaia) July 7, 2017
O presidente Michel Temer lutava para formar uma maioria qualificada (três quintos) no Congresso a favor da PEC da reforma da Previdência quando a delação de Joesley Batista explodiu sobre o Planalto e desmanchou parte da base aliada.
Com a nova realidade, a provável aprovação da reforma trabalhista (que precisa apenas de maioria simples) passou a ser vista já como uma grande vitória de Temer para demonstrar que ainda consegue tocar a política econômica.
Com a possibilidade de a sangria de Temer na Câmara se prolongar para além do recesso parlamentar, a perspectiva de novas denúncias contra o presidente e o aceno do desembarque cada vez maior do PSDB, parte da base aliada do presidente já vê em Rodrigo Maia um nome mais forte para tocar as reformas econômicas do Planalto, informaram a colunista Vera Magalhães e o repórter Jovem Pan em Brasília José Maria Trindade no Jornal da Manhã (veja os vídeos abaixo).
Caso dois terços dos deputados (342 de 513) votem pela admissibilidade da denúncia contra o presidente, Temer se torna réu no STF e é afastado por até 180 dias enquanto é julgado na Suprema Corte. Nesse período, Maia assumiria como presidente interino. Caso Temer seja condenado, o presidente da Câmara terá 30 dias para convocar eleições indiretas de uma nova chapa presidencial.
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