Covas quer zerar fila de 100 mil pessoas para exames preventivos de câncer
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), lançou nesta terça-feira (21) o Programa Corujão do Câncer, que prevê atendimento a pacientes com câncer de estômago, colorretal, tireoide e próstata. Atualmente, 100 mil pessoas aguardam pela realização de exames na capital.
Covas (PSDB) afirma que os pacientes precisam ter acesso mais rápido ao tratamento e realização de exames oncológicos, assim como ele teve.
“Todo mundo acompanhou a história no fim do ano passado. Em uma quarta-feira eu me internei para tratar uma erisipela. Na quinta-feira, descobri que tinha virado uma trombose. Na sexta-feira, que havia uma embolia por conta desse quatro. No sábado, descobri que havia um tumor. No domingo, eu já sabia qual era o tumor e a extensão dele. Na terça-feira, eu comecei a quimioterapia. É inaceitável que o prefeito, que tem condições de pagar plano de saúde, tenha esse tipo de agilidade, e a população, que não tem condição de pagar plano de saúde, tenha que esperar dias para ter acesso ao tratamento”, disse Covas.
Na primeira fase, que começa nesta quinta serão ofertadas 2,3 mil vagas para exames de colonoscopia voltados a pacientes com idade acima de 65 anos, para detecção de câncer do intestino. A fila de espera do exame, para esse público, chega a 5 mil pessoas. Na capital paulista, somente não há fila de espera para oncologia infantil, segundo a Prefeitura.
“Nossa meta é zerar a fila de espera em três meses. A colonoscopia será feita em cinco hospitais: Tatuapé, Ermelino Matarazzo, Campo Limpo, Jabaquara e Mooca”, afirmou Edson Aparecido, secretário municipal da Saúde. “Vamos acrescentar 390 vagas às 11.040 vagas que temos anualmente para o tratamento dessas especialidades nos hospitais particulares parceiros”, afirmou Aparecido. Atualmente, 482 pessoas aguardam na fila de espera para a realização de novos exames para iniciar o tratamento.
A segunda fase do Programa Corujão do Câncer, que começará em março, dará prioridade para pacientes com câncer de pele, ginecológico, hematológico, neurológico, pneumológico, oftalmológico e pediátrico. Serão ofertadas 279 vagas para tratamentos nos hospitais parceiros.
Também será maior a oferta de outros exames, como ecocardiograma, densitometria óssea, ultrassonografia mamária, endoscopia e colonoscopia. Com o programa, o número de exames passará de 41.764 para 70.953. O tempo de espera é de 43 dias para a realização desses exames, que juntos tem fila de espera de 100 mil pessoas. “Em três meses, a gente zera a fila com relação a esses exames”, disse o secretário.
O Hospital A.C. Camargo, Instituto de Câncer Dr. Arnaldo (CAVC), Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina – administrado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e o Hospital Sírio Libanês participarão do programa por um período estimado entre dois e cinco anos. O custo mensal para o Município com cada paciente é de R$ 26 mil. O investimento total do programa é de R$ 15 milhões.
Em 2019, o Município de São Paulo atendeu 10.839 pessoas com câncer.
Tratamento
O prefeito Bruno Covas será internado na noite desta terça no Hospital Sírio Libanês, no centro da capital paulista, para a realização da sétima sessão de quimioterapia. Ele luta contra um câncer desde outubro de 2019 quando foi diagnosticado com a doença.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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