CPI convoca funcionários de segundo e terceiro escalão da Petrobras

  • Por Agência Câmara Notícias
  • 14/05/2015 17h18
VITÓRIA,ES,26.12.2014:CRISE-PETROBRAS - Sede da Petrobras em Vitória (ES), nesta sexta-feira (26). A Petrobras recorreu a dois juristas, uma brasileira e outro estrangeiro, para tentar reverter a crise de imagem que enfrenta desde as denúncias de corrupção, investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. A estatal terá um comitê para acompanhar as investigações internas, formado pela ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie e pelo alemão Andreas Pohlmann. (Foto: Charles Sholl/Futura Press/Folhapress) Charles Sholl/Futura Press/Folhapress Petrobras virou caixa Vermelha

Funcionários de segundo e terceiro escalão da Petrobras, ligados à área de licitações, formação de preços e construção de refinarias tiveram suas convocações aprovadas pela CPI da Petrobras. Os depoimentos ainda não têm data marcada.

Tiveram suas convocações aprovadas a pedido do sub-relator Altineu Cortes (PR-RJ) as seguintes pessoas ligadas às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ), e da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco: Abenildo Alves de Oliveira, Flávio Fernando Casa Nova da Motta (gerente-geral do Comperj), Heleno Lira (um dos responsáveis pelo setor de licitação da Refinaria Abreu e Lima), Ivo Tasso Bahia Baer, Marcos José Pessoa de Resende, Sérgio dos Santos Arantes (formador de preços de refinarias da Petrobras) e Nilton Maia.

A CPI também vai convocar funcionários da Petrobras e empresários envolvidos na construção da linha de exportação de gás no Campo de Lula NE – Cernambi, na Bacia de Santos, região do pré-sal, a cerca de 270 quilômetros da costa do Estado de São Paulo.

Tiveram suas convocações aprovadas Gustavo Freitas, Vítor Tiago Lacerda e Marcos Guedes Gomes Morais (executivos da Petrobrás), e Roberto Mendes, João Antonio Bernardi e Giorgio Martelli, da empresa Saipem – responsável pelo gasoduto. O requerimento foi apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que argumentou que o contrato foi mencionado por dois delatores da Operação Lava Jato, Augusto Mendonça e Júlio Camargo, da empresa Toyo Setal.

Também tiveram suas convocações aprovadas os seguintes funcionários da Petrobras, em sua maioria envolvidos em processos de licitação de obras: Laerte Pires; Sérgio Bezerra; Eduardo Jorge Leal de Carvalho e Albuquerque; Paulo Cézar Amaro Aquino, ex-gerente executivo de Petroquímica da Petroquisa; e Gilberto Moura da Silva, gerente Geral da Refinaria de Capuava (RECAP) e ex Diretor Industrial do Comperj. “Ele pode nos esclarecer as mudanças ocorridas no projeto ao longo da construção do Comperj”, explicou o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ).

Segundo Pansera, quer ainda que Paulo Cézar Aquino esclareça as alegações feitas pelos ex-presidentes da Petrobras Sérgio Gabrielli e Graça Foster a respeito da mudança na destinação do Comperj – inicialmente projetado para ter uma petroquímica, proposta abandonada pela estatal.

Também foram convocados Cristina Palmaka e Ricardo Kummel Medina, donos de uma empresa de tecnologia da informação contratada pela Petrobras, segundo denúncias por valores superiores aos praticados no mercado. Essas convocações também foram pedidas pelo deputado João Carlos Bacelar.

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