CPI da Enel pede quebra de prestação de serviços da concessionária em São Paulo
Empresa diz que já cumpre com as recomendações que foram propostas pela CPI
Nesta quarta-feira (5), o relatório, de autoria do vereador Thammy Miranda (PSD), foi aprovado por 4 votos a 2. Depois de sete meses de trabalho na comissão no Legislativo paulistano, o resultado da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel na Câmara Municipal de São Paulo requere que seja cancelado o contrato de concessão dos serviços da empresa e a capital paulista. Mesmo assim, o contrato de concessão só poderá ser finalizado pelo governo federal. O contrato tem validade até 2028. O Ministério de Minas e Energia pediu em abril desde ano a abertura de um processo na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e como consequência pode ter a quebra de contrato com a Enel, mas o caso ainda segue em análise. Ainda no relatório da CPI foi solicitado que órgãos como Aneel e Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) tenham mudanças na empresa. Na resposta, a Enel informou que cumpre com o seu trabalho e com as obrigações que estão no contrato de concessão em São Paulo e, inclusive, as mudanças propostas pela CPI já eram transformações que eles anunciaram recentemente.
Votaram a favor do texto João Jorge (MDB), Ricardo Teixeira (União Brasil) e Milton Ferreira (Podemos). A vereadora Elaine Mineiro (PSOL) e Luna Zarattini (PT) foram contra o relatório, pois ambas acreditam que quem deve ser responsabilizada pela falta de energia é a prefeitura
No texto também é argumentado que a prefeitura faça a poda de algumas árvores, assim, evitaria possíveis intervenções na rede elétrica. Também é solicitado, um mapeamento das árvores de grande porte que estejam localizadas em vias públicas e a apresentação de um cronograma para aterrar fios.
O relatório cobra o valor de R$ 6,2 bilhões em investimentos para fazer melhorias na estrutura e distribuição da energia elétrica, bem como a contratação de novos 1.200 funcionários.
Outra medida sugerida é a descentralização dos centros operacionais para poder haver uma resposta mais rápida em casos de necessidade, evitar diferenciação entre atendimento no centro e periferia e que novos canais de atendimento ao consumidor sejam lançados.
Em nota, a Enel disse que até o ano de 2026 fará um investimento de R$ 6,2 bilhões e que já possuí 180 novos funcionários do total de 1.200 que serão contratados ao longo dos 12 meses.
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