CPI da Petrobras convoca dono da Toshiba e do grupo WTorre

  • Por Agência Câmara Notícias
  • 14/05/2015 17h21
RIO DE JANEIRO,RJ,28.01.2015:PETROBRAS-RJ - Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (RJ), nesta quarta-feira (28). A Petrobras divulgou durante a madrugada o resultado da empresa no terceiro trimestre do ano passado. Sem considerar os prejuízos com a corrupção, a Petrobras teve um lucro de R$ 3,1 bilhões no período de julho a setembro do ano passado. Uma queda de 28% em relação ao mesmo período de 2013. . (Foto: Ale Silva/Futura Press/Folhapress) Ale Silva/Futura Press/Folhapress Fachada da sede da Petrobras

A CPI da Petrobras aprovou a convocação do empresário Walter Torre Júnior, dono do grupo WTorre, um dos clientes da empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. A WTorre também tem negócios com a petrolífera – foi controlador do estaleiro Rio Grande, um dos contratados pela empresa Sete Brasil para construir sondas de perfuração da estatal. 

Também teve sua convocação aprovada o empresário Luís Carlos Borba, presidente da Toshiba. A multinacional teria feito contratos fictícios com a empresa de fachada Rigidez, do doleiro Alberto Youssef, que emitiu notas fiscais falsas para pagamento de propina a políticos. Segundo Youssef, cerca de R$ 800 mil foram repassados por ele ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, a pedido da Toshiba.

Outro convocado é o empresário Fábio Pavan, ligado a operações de vendas de poços da Petrobras em Gana, na África.

Preços da Petrobras
A CPI quer saber ainda como a estatal definia os preços básicos das obras que contratava. Esses valores eram definidos internamente e serviam como parâmetro para a contratação de empresas. As propostas eram aceitas se estivessem dentro de uma margem de 15% a menos a 20% a mais que os preços estabelecidos pela própria Petrobras.

O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) defendeu a aprovação do requerimento para que a Petrobras forneça documentos sobre a formação dos preços. “Eles trabalham com uma margem de 15% para mais e 20% para menos em relação aos preços básicos definidos internamente. É importante saber como esses preços são definidos, já que a Petrobras não precisa contratar pela Lei de Licitações”, disse.

O deputado Leo de Brito (PT-AC) concordou que essa linha de investigação é importante porque há muitas denúncias mas ninguém responsável pelas licitações foi acusado até agora.

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