CPI da Petrobras ouvirá depoimentos dos presos da Operação Lava Jato em Curitiba

  • Por Agência Brasil
  • 14/04/2015 20h30
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Lobista Fernando Soares Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress Lobista Fernando Soares

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras poderão ir a Curitiba tomar depoimentos dos presos da Operação Lava Jato – empresários e operadores do esquema de desvio de recursos da empresa petroleira, que estão presos em Curitiba. Na reunião de hoje (14), a CPI aprovou requerimentos para as oitivas de 17 presos – empresários e operadores do esquema de desvio de recursos públicos.

O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), disse que irá trabalhar em duas frentes. Uma, no sentido de que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), revogue ato da Mesa Diretora da Casa que impede a tomada de depoimentos de presos nas dependências da Câmara; e outra, paralelamente, ultimando os preparativos para que os integrantes da CPI possam ir à capital paranaense ouvir os presos.

“Vou agir nas duas frentes”, disse ele, mesmo sabendo do impedimento de depoimentos de presos na Casa, mas ressaltou que a CPI não pode parar de investigar. “Não vamos permitir que a CPI pare seus trabalhos em função de ato da Mesa da Câmara. Não mediremos esforços para que os deputados possam ir aonde for necessário para contribuir com as investigações da CPI. A população quer que as pessoas que desviaram os recursos sejam punidas”, acrescentou o deputado.

Entre os empresários presos, que serão ouvidos pela CPI, estão os dirigentes da UTC, da Engevix, da OAS, da Galvão Engenharia, da Mendes Júnior e da Camargo Corrêa. Também deverá ser ouvido Fernando Soares (conhecido como Fernando Baiano), considerado operador do esquema de desvios de recursos da Petrobras. A CPI aprovou hoje, ao todo, 57 requerimentos, dos quais 56 estavam na pauta.

Além da ida a Curitiba para tomar os depoimentos, a CPI também aprovou requerimento extra pauta para que membros da CPI desloquem-se a Londres, na Inglaterra, com o objetivo de colher o depoimento do ex-diretor da companhia holandesa SBM Offshore, Jonathan David Taylor.

“Tudo aquilo que for necessário fazer para investigar, mesmo que em outros países, não mediremos esforços. Nós queremos  uma investigação organizada, com foco necessário para ouvirmos as pessoas que precisam ser ouvidas, e evoluir para as acareações e ao final termos um resultado positivo”, disse Motta.

A CPI também aprovou diligência externa na construção da Refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca (PE), para averiguar o andamento das obras, bem como diligência em Curitiba para  compartilhar informação das ações decorrentes da Operação Lava Jato.

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