CPI do BNDES remarca para terça-feira (01) depoimento de Bumlai

  • Por Agência Brasil
  • 24/11/2015 19h22
BRASÍLIA, DF, 24.11.2015: OPERAÇÃO-LAVA JATO - O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, é levado ao avião da PF após ser preso em Brasília - A prisão do pecuarista José Carlos Bumlai se insere em um esquema de corrupção e fraude para pagar dívidas da campanha da reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme os depoimentos de delatores e provas que embasaram a decretação da prisão do pecuarista pelo juiz Sergio Moro. Preso pela Polícia Federal em Brasília nesta terça-feira (24), no âmbito da Operação Lava Jato, o pecuarista, que é amigo de Lula, foi levado para Curitiba. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) Pedro Ladeira/Folhapress O pecuarista José Carlos Bumlai (de terno)

O depoimento do pecuarista José Carlos Bumlai na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que deveria ocorrer hoje (24), foi adiado para terça-feira (1º) da próxima semana, em função da prisão do pecuarista na manhã desta terça em um hotel em Brasília. A prisão de Bumlai, que inviabilizou o depoimento marcado para esta tarde, foi decorrente de mais uma fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal. 

O presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), disse que conversou com o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR), responsável pela Lava Jato, e acertaram a realização do depoimento de Bumlai na Câmara dos Deputados na próxima semana. 

Marcos Rotta leu na sessão da comissão ofício em que o juiz Moro pediu desculpas pelo fato de Bumlai ter sido preso hoje pouco antes do depoimento à CPI. Moro, diz no ofício, que autorizou a prisão cautelar e que a data para a sua efetivação pela Polícia Federal não estava sob suas ordens. 

José Carlos Bumlai foi acusado pelos delatores da Operação Lava Jato – Fernando Soares (o Fernando Baiano) e por Salim Schahim do banco Schahim – de ter recebido propinas para mediar negócios com a Petrobras. Os trabalhos da CPI deveriam terminar no próximo dia 4 de dezembro, mas, com a prisão de Bumlai, começaram as articulações para a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 45 dias. 

Para que os trabalhos da CPI sejam prorrogados, caberá aos integrantes do colegiado viabilizar apoio dos líderes partidários para que o plenário aprove o requerimento de prorrogação.

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