Crianças não devem ter contato com idosos, recomenda geriatra
Com o avanço do coronavírus e o aumento de casos no Estado de São Paulo, o governo paulista decidiu suspender as aulas da rede pública de ensino a partir da próxima segunda-feira (23). Entretanto, com a decisão muitas crianças passarão a ficar, nos próximos dias, com os avós, situação que preocupa autoridades.
A respeito disso, em entrevista ao Morning Show nesta terça-feira (17), a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Maisa Kairalla, esclareceu como os motivos para preocupação e as medidas para aumento da imunização destes idosos.
A geriatra esclareceu que, pelas crianças muitas vezes serem assintomáticas – ou seja, não apresentarem sintomas da doença, o ideal é que não haja contato dos pequenos com os idosos para que não aconteça um possível contágio pelo novo coronavírus.
“A situação é difícil. A doença tem a característica de poupar crianças. Não é como a influencia que um dos picos eram as crianças com menos de 2 anos. Por isso, a indicação é que (as crianças) não fiquem em contato com os avós, porque elas são podem carregar o vírus e não manifestar os sintomas.”
Segundo Maisa, a recomendação é que, se possível, os idosos evitem sair de casa, não participem de eventos coletivos ou frequentem locais com grandes aglomerações de pessoas.
As recomendações, já feitas por órgãos e autoridades de saúde, valem para todos os idosos e para pessoas que façam parte do chamado grupo de risco. “As indicações valem, principalmente, para idosos com mais de 80 anos e para pessoas que tenham doenças crônicas como diabetes, pressão alta ou que façam uso de medicamentos como corticoides.”
Entretanto, de acordo com Maisa, como não existem uma população heterogênea, é possível que alguns idosos com mais de 80 anos tenham uma saúde melhor do que algumas pessoas de 60 anos, por exemplo, e por isso a indicação é que todos respeitem as recomendações.
Imunidade
Ainda segundo a médica, para quem deseja aumentar a imunidade, a indicação é que não frequentem parques, foquem na higiene e mantenham uma alimentação adequada. Altas doses de vitamina D, por exemplo, não apresentam eficácia contra a doença.
“Não há estudos que comprovem que aumenta a imunidade. O importante é a higiene pessoal e ter consciência do coletivo. Não frequentem parques, fiquem restritos em casa, controlem a glicemia e tenham uma boa alimentação.”
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