Criminosos atiram em dois helicópteros da polícia durante operação para achar assassinos de médicos

Mil agentes participaram de ação em três conjuntos de favelas do Rio de Janeiro dominadas pelo Comando Vermelho; as duas aeronaves sobrevoavam a Vila Cruzeiro na hora dos disparos

  • Por Jovem Pan
  • 09/10/2023 08h20 - Atualizado em 09/10/2023 09h46
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Reprodução/Twitter/@GovRJ operacao-policial-rio-de-janeiro-twitter-@GovRJ Operação Maré foi deflagrada na manhã desta segunda-feira, 9

Mil policiais fazem nesta segunda-feira, 9, ações em três conjuntos de favelas do Rio de Janeiro: Vila Cruzeiro (Complexo da Penha), Complexo da Maré e Cidade de Deus. As ações fazem parte da Operação Maré, anunciada no fim de setembro pelo governo fluminense, em parceria com o governo federal. Nesta manhã, durante o início das operações, dois helicópteros da Polícia Civil e da Polícia Militar foram atingidos por tiros. As duas aeronaves sobrevoavam a Vila Cruzeiro na hora dos disparos. Nenhum agente se feriu. Uma das aeronaves precisou fazer um pouso de emergência no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan).

A operação foi desencadeada depois de investigações policiais mostrarem que criminosos da Maré, na zona norte da cidade, usavam um espaço público de lazer para treinar seus homens em táticas de guerrilha. Tanto a Cidade de Deus, na zona oeste, quanto o Complexo da Penha, na zona norte, são controlados pelo Comando Vermelho. Além disso, a polícia procura os responsáveis pela morte de três médicos na semana passada, na Barra da Tijuca. Integrantes da facção criminosa estão envolvidos, dizem as autoridades.

De acordo com o governo fluminense, a atividade de inteligência das forças de segurança detectou a migração dos chefes de organizações criminosas para a Cidade de Deus e para a Vila Cruzeiro. Por isso foi necessário expandir o território de atuação do Complexo da Maré, local inicialmente focado pela operação. As autoridades já haviam anunciado que ações poderiam ser realizadas também em outras comunidades. Não há participação de forças de segurança federais e os agentes foram cumprir pelo menos 100 mandados de prisão. Entre os alvos estão Wilton Carlos Rabelho Quintanilha (Abelha) e Edgar Alves de Andrade (Doca). Também foi encontrado um laboratório de refino de drogas e fabricação de explosivos na Maré, como informou o governo estadual.

 

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