Crise no mercado editorial: Saraiva fecha 20 lojas
A rede de lojas Saraiva, especializada em livros, DVDs e produtos editoriais, anunciou o fechamento de 20 lojas no Brasil nesta segunda-feira (29). Não há confirmação de quais livrarias serão fechadas, mas acredita-se que entre elas estejam as lojas de Londrina, Santos (Avenida Ana Costa), Campinas (Galeria Shopping), Alphaville, Tamboré, Granja Viana, Mogi das Cruzes e dos shoppings Anália Franco e West Plaza.
A medida faz parte de uma reformulação no modus operandi da empresa, que pretende redirecionar esforços para sua atuação na internet, com e-commerce. As vendas virtuais já representam, de acordo com a Saraiva, cerca de 38% dos negócios da empresa.
Hoje, a Saraiva dispõe de 84 lojas no país, mas mesmo assim não foi capaz de escapar da crise no mercado editorial. Em março de 2017, a rede de lojas Fnac, pertencente a um grupo francês homônimo, anunciou que fecharia as lojas e deixaria o país. Na última semana, foi a vez da Livraria Cultura fechar lojas e ir além, pedindo recuperação judicial – que foi aceita pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais. Agora a Cultura tem dois meses para apresentar um plano de recuperação.
Outras livrarias, como a Travessa, Martins Fontes e a Livraria da Vila, que tem abordagens de mercado mais conservadoras e voltadas para a experiência do consumidor em loja, conseguiram manter os negócios de pé meio a tempestade.
O anúncio da rede Saraiva surge para desmistificar o suposto pedido de recuperação judicial que teria feito, segundo boatos espalhados em redes sociais. Apesar de desmentir a situação crítica, o fechamento das lojas aponta para uma situação ainda complicada para a empresa. No comunicado, a rede explica que a decisão visa a “evolução da operação e perenidade do negócio”.
*com informações de Estadão Conteúdo
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