Cunha critica PT e diz estranhar que operação da PF esteja concentrada no PMDB
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou nesta terça-feira, em entrevista coletiva, que causa estranheza a deflagração da Operação Catilinárias da Polícia Federal dar-se no dia em que o Conselho de Ética votava sobre a continuidade de processo contra ele e na véspera sobre a decisão a respeito do impeachment da presidente Dilma.
“Isso tudo causa muita estranheza em nós. Uma operação concentrada no PMDB. A gente sabe que o PT é o responsável por esse assalto no Brasil. Todo dia tem uma roubalheira do PT sendo fotografada e fazem operação contra o PMDB. Tem alguma coisa estranha na investigação”, declarou.
Para ele, a operação da PF que fez busca e apreensão em sua residência oficial em Brasília, bem como em casa e escritórios no Rio de Janeiro causa estranheza quanto ao período que foi realizado. “O que é estranho é o contexto, o dia e os objetivos. Não me parece que ninguém que é do PT, que tem o foro que eu tenho, é sujeito a operações”, disse.
“Causa muita estranheza esse tipo de operação em cima da gente. Normal, natural, mas estranho profundamente essa concentração no PMDB (…) O Governo quer desviar a mídia do processo de impeachment e querer concentrar em mim. O processo de investigação é normal para colher provas e isso significa que eles não têm provas”, explicou.
Cunha afirmou ainda que foi “escolhido para ser investigado” desde março. “Eu sou o desafeto do Governo e virei mais ainda depois de dar continuidade ao processo de impeachment”.
Em mais uma crítica clara ao PT, o presidente da Câmara afirmou que “são coisas muito estranhas que acontecem com esse Governo” e reiterou que sua consciência está tranquila de sua inocência.
Cunha rebateu ainda críticas ao andamento do processo contra ele no Consleho de Ética e citou as manobras ao dizer que “se alguém quisesse dar curso ao Consleho, já teriam votado”.
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