Cunha defende mudança na lei que trata da recondução do procurador-geral
O procurador-geral da República
O procurador-geral da RepúblicaApós criticar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por ter incluído seu nome na lista de políticos envolvidos no esquema de propina e lavagem de dinheiro investigado na operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu mudança na lei para proibir a recondução de procuradores-gerais.
“Caberia a nós até mudarmos a legislação e vedar a recondução para dar isenção no exercício da sua função, para não ter que agradar seja quem quer que seja; seja quem vai conduzi-lo, ou seja quem vai aprová-lo na Casa competente”, disse.
Em seu depoimento, Cunha criticou a petição apresentada por Rodrigo Janot, a quem acusou de ter motivação política para incluí-lo na lista dos políticos envolvidos na Lava Jato encaminhada ao Supremo Tribunal Federal. O presidente da Câmara sugeriu que a ação seria para agradar o Executivo.
Ao responder à deputada Eliziane Gama (PPS-MA) se houve parcialidade de Janot na condução dos nomes, Cunha disse não retirar nenhuma palavra dita a este respeito. “O que coloquei é que o procurador-geral, que depende do Poder Executivo para a condução da sua reeleição, deveria, até para manter a sua isenção, declarar publicamente que não é candidato à recondução. Assim ele teria resguardada a sua posição de independência”, disse Cunha.
A deputada Maria do Rosário (PT-SP) disse não acreditar em politização de Janot. “Eu vejo que não é razoável pensar que o chefe de um poder autônomo esteja fazendo um jogo político. Isto não quer dizer que ele não possa estar errado [em incluir os nomes na lista] e este erro pode se repetir com outros, sejam incluídos na lista ou não”, ponderou a deputada.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.