Cunha diz que entrou na lista de Janot por “motivação política”
O presidente da Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos DeputadosEm entrevista exclusiva à repórter Izilda Alves, da Jovem Pan, neste sábado, o presidente da Câmara dos Deputados Federais Eduardo Cunha disse que teve o nome incluído na lista de políticos investigados pela Operação Lava Jato por “motivação política”.
“Para incluir um senador de oposição, como o senador (Antonio) Anastasia, do PSDB, a única forma seria aproveitar o depoimento daquele policial, que só citou a mim e ao senador”, avaliou Cunha. “Para validar em relação ao senador, teria que validar em relação a mim”, concluiu.
O policial no caso disse em delação premiada ter entregado a mando de Youssef dinheiro em uma casa que seria de Cunha, mas o deputado afirma que o logradouro já foi comprovadamente desmentido como dele. “Depois desmentiu.”
Cunha afirmou ainda não ter ficado surpreso com a nomeação, já que ela vinha sendo citada pela imprensa durante a semana, mas classificou o pedido de abertura de inquérito contra ele como um documento “pífio”.
Neste sábado, Cunha já havia divulgado texto combatendo fortemente sua citação e especialmente o procurador-geral da República Rodrigo Janot. Cunha chamou o pedido de inquérito de “piada”, “alopragem” e “indecente”. Ele também disse que a Procuradoria foi “politizada” e “aparelhada”. Leia a nota completa aqui.
Na entrevista à Pan, Cunha disse que contratou o ex-procurador geral da República Antonio Fernando Souza e garantiu que, apesar de refutar as denúncias, fará questão de comparecer à CPI da Petrobras para explicar “ponto a ponto”. “Isso não me desobriga”, disse.
Ouça no áudio acima.
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