Cunha é acusado de receber propina de US$ 3,9 mi em cinco novas contas no exterior
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado por dois empresários da Carioca Engenharia de recebimento de propina em pelo menos cinco novas contas mantidas no exterior, que até então, eram desconhecidas das autoridades brasileiras.
O jornal Folha de S. Paulo teve acesso à tabela de transferências bancárias no exterior entregue pelos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior em acordo de delação premiada firmado com a PGR na Operação Lava Jato.
Segundo os empresários, as transferências eram propina para o deputado Eduardo Cunha e tinham como objetivo obter a liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o Projeto do Porto Maravilha, no RJ. Projeto o qual a Carioca Engenharia obteve a concessão em consórcio com a Odebrecht e OAS.
A liberação ocorreria por influência do aliado de Cunha, Fábio Cleto, que chegou a ocupar uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal e também o conselho do fundo de investimento do FGTS.
As transferências bancárias informadas à Procuradoria-Geral da República totalizam US$ 3,9 milhões entre 2011 e 2014. O montante saía de contas da Suíça dos delatores para cinco contas no exterior que os empresários afirmam terem sido indicadas pelo peemedebista.
Segundo os empresários, as contas que receberam propina foram: Korngut Baruch no Israel Discount Bank (Israel), Esteban García no Merril Lynch (EUA), Penbur Holdings no BSI (Suíça), Lastal Group no Julius Bär (Suíça) e outra Lastal Group no Banque Heritage (Suíça).
Eduardo Cunha afirmou que não recebeu valores e nem teve participação no esquema apontado pelos delatores. Ele afirmou ainda que não tece acesso aos documentos da delação.
*Informações do jornal Folha de S. Paulo
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