Cunha estava “abusando da nossa paciência”, declara deputado do PMDB

  • Por Jovem Pan
  • 07/07/2016 14h52
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)

Após o anúncio de renúncia ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados feito nesta quinta-feira (07) por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Casa começa a se mobilizar para a eleição de um novo parlamentar para a cadeira.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse que a decisão de Cunha já era esperada e criticou o parlamentar: “Cunha ficava brincando com isso. Réu em duas ações no Supremo Tribunal Federal, cheio de inquérito e abusando da nossa paciência”.

Para o deputado, o anúncio desta tarde ajuda a reduzir o clima de instabilidade que há no País. “É preciso que a Câmara escolha cerca de 15 a 20 candidatos, ver se tem condição de escolher uma pessoa. Porque a Casa é dirigida por uma pessoa escolhida por ele e não comanda coisa nenhuma”, lembrou ao se referir ao presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA).

Jarbas Vasconcelos detsacou ainda que o processo contra Cunha não se exaure agora e que a Comissão de Constituição e Justiça deve votar contra o recurso dele e encaminhar ao plenário da Casa. “Enviado ao plenário, o plenário cassa seu mandato e ele pode prestar contas em Curitiba”, pontuou ao lembrar do processo da Operação Lava Jato.

Questionado se a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados ocorreria antes do recesso parlamentar, Jarbas Vasconcelos pediu celeridade no processo. Com a renúncia, Waldir Maranhão tem até cinco sessões para realização de uma nova eleição. O novo presidente complementará o mandato de Cunha na presidência, que termina em 1º de fevereiro de 2017, sem direito a reeleição. É o chamado “mandato-tampão”.

“Isso tem que ser rápido. A Câmara está sem comando. O presidente Waldir Maranhão é uma piada. A gente não pode mais titubear, nem esperar. Cunha levou isso na brincadeira, no deboche (…) Cabe a gente, o mais rápido possível, fazer a eleição. Se tiver que suspender o recesso, que se suspenda”, declarou o deputado do PMDB.

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