Cunha nega afastamento da presidência da Câmara e diz não se preocupar com denúncia

  • Por Jovem Pan
  • 19/08/2015 21h02

O presidente da Câmara dos Deputados Sérgio Lima/Folhapress O presidente da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou “tranquilidade” e “serenidade” com as denúncias que a Procuradoria-Geral da República fará contra ele ao STF por envolvimento na Operação Lava Jato.

O parlamentar negou, a deputados críticos à sua atuação, qualquer intenção de deixar a presidência da Casa. “Não farei afastamento de nenhuma natureza. Vou continuar exatamente no exercício para o qual fui eleito pela maioria da Casa. Estou absolutamente tranquilo e sereno em relação a isso”, disse no início da noite.

A bancada do PSOL na Câmara chegou a anunciar na tarde desta quarta-feira (19) a intenção de ingressar com uma representação no Conselho de Ética da Casa para a cassação de mandato de Cunha, logo que a denúncia for aceita no Supremo Tribunal Federal. No entanto, antes, os deputados preparam um manifesto para pedir seu afastamento do comando da Câmara assim que a PGR enviar um pedido de investigação ao STF.

Cunha aproveitou para responder a declaração de Rodrigo Janot, que negou em ofício enviado à Câmara ter vasculhado o computador de 513 deputados, como Cunha havia dito em reunião de líderes. “Eles pegaram o sistema inteiro por três meses”, disse. Segundo ele, informações foram coletadas: “se razões foram indiretas ou diretas, sem querer, ou por querer, foi coletado”.

O presidente da Câmara, sem “polemizar” com ninguém, reiterou que “os poderes têm que ser respeitados”. Segundo ele, devido à denúncia, não fará qualquer tipo de retaliação ao Governo.

*Informações do jornal Folha de S. Paulo

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