Dallagnol recusa convite para falar sobre supostos vazamentos na Câmara
O procurador-geral da República e coordenador da força tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, havia sido convidado para comparecer na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre as supostas mensagens atribuídas a ele e ao ministro da Justiça, Sergio Moro.
No entanto, em ofício enviado no dia 4 de julho ao presidente do colegiado, deputado Helder Salomão (PT-ES), Dallagnol afirmou que não atenderá ao pedido pois acredita “ser mais importante concentrar na esfera técnica suas manifestações sobre mensagens de origem criminosa, cuja veracidade e autenticidade não reconhece”.
“Como membro do Ministério Público, Instituição essencial à Justiça, tenho por função constitucional desempenhar trabalho de natureza técnica perante o Judiciário, outro poder, situação distinta daquela de agentes públicos vinculados ao Poder Executivo. Esse trabalho técnico consiste em investigar fatos e buscar a aplicação da lei penal de modo eficiente e justo, de acordo com a Constituição e com as leis, atividade funcional sujeita à apreciação do Poder Judiciário”, escreveu.
Ele disse ainda que as supostas conversas “vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato”. O procurador também recebeu um convite para depor, sobre o mesmo assunto, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas ainda não respondeu se irá ou não.
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