Damares diz que isolamento pode aumentar violência contra mulher e pede ajuda para denúncias
A Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou nesta sexta-feira que o período de isolamento pode aumentar os casos de violência doméstica no Brasil.
Por meio de suas redes sociais, Damares pediu ajuda na divulgação do canal de denúncias 180 (para mulheres) e 100 (para crianças e idosos). Segundo a pasta, 90% dos casos ocorrem no local onde as vítimas moram.
“Preciso que todos vocês compartilhem o máximo possível o Ligue 180 (para violações contra mulheres) e o Disque 100 (no caso de agressões a crianças, idosos, etc). Nesse período em que teremos mais pessoas em casa há um risco maior. Me ajudem”, escreveu Damares no Twitter.
Preciso que todos vocês compartilhem o máximo possível o Ligue 180 (para violações contra mulheres) e o Disque 100 (no caso de agressões a crianças, idosos, etc). Nesse período em que teremos mais pessoas em casa há um risco maior. Me ajudem.https://t.co/n1TzU7Rwoa
— Damares Alves (@DamaresAlves) March 20, 2020
Em um dos comentários, uma mulher relatou um casso de violência cometido pelo pai do seu filho. “Mas como se faz se o pai de uma criança de 9 anos maltrata fisicamente e emocionalmente e se mora ao lado e ele tem 190 1,90m e pesa 150 k quilos e eu 57 quilos?”, questionou. A ministra recomendou que a vítima ligasse para a polícia e para o Disque 100. “As autoridades devem intervir”, afirmou.
Nesta semana, a ONU divulgou um relatório sobre os impactos da crise gerada pelo covid-19 para as mulheres. Entre elas, está o aumento da violência de gênero. A entidade avalia que o impacto econômico pode criar “barreiras adicionais” para deixar um parceiro violento.
“Em um contexto de emergência, aumentam os riscos de violência contra as mulheres e meninas, especialmente a violência doméstica, aumentam devido ao crescimento das tensões em casa e também o isolamento das mulheres. As sobreviventes da violência podem enfrentar obstáculos adicionais para fugir de situações violentas ou acessar ordens de proteção que salvam vidas e/ou serviços essenciais devido a fatores como restrições ao movimento de quarentena”, considera a organização.
A ONU Mulheres recomenda, entre outras coisas, que o governo garanta a continuidade dos serviços essenciais para responder à violência contra mulheres, desenvolvendo novas modalidades de prestação de serviços no contexto atual. Além disso, a entidade defende que é necessário aumentar o apoio às organizações especializadas de mulheres para fornecer serviços de apoio nos níveis local e territorial.
* Com Estadão Conteúdo
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