De Marielle a Lava Jato, Câmara dos Deputados tenta acabar com ‘guerra das placas’

  • Por Jovem Pan
  • 28/06/2019 11h09
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasi Nem todos os deputados vão aderir ao pedido

A Diretoria-Geral da Câmara dos Deputados notificou, nesta sexta-feira (28), 13 parlamentares. A indicação é para que eles retirem das portas de seus gabinetes com cartazes com layouts que imitam placas de ruas, mas que contêm mensagens políticas – e não indicações com os números dos escritórios.

Os textos, de um lado, exaltam o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a Operação Lava Jato e, do outro, pedem “Lula Livre” e homenageiam a ex-vereadora do Rio de janeiro, Marielle Franco (PSOL), assassinada no ano passado.  Segundo a Câmara, os cartazes podem confundir e “colocar em risco as pessoas que circulam nos edifícios da Casa”.

Com uma placa em homenagem à Lava Jato em sua porta, o deputado Marcel Van Hattem (NOVO-RS) concordou com o pedido da Câmara.”Acho que realmente o ideal seria que nenhum gabinete tivesse nem as placas e nem os cartazes que acabam poluindo muito”, disse, acrescentando que vai retirar a sua.

A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), no entanto, não pretende atender ao pedido: disse que, após consultar a Secretaria de Comunicação, foi informada de que não há proibição sobre as placas e, por isso, não pretende retirar a homenagem a Marielle. “Para nós é uma questão política, tem a ver com o mandato”, explicou.

*Com Estadão Conteúdo

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