Decisão sobre Delcídio parece reestabelecer a justiça, diz advogado do senador

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2016 16h24
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião deliberativa com 16 itens. Na pauta, PLC 50/2014, que regulamenta a comercialização de planos de assistência funerária; e PLS 307/2012, que limita prazo de 30 dias para fornecimento de sigilos bancários. À mesa, presidente da CAE, senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Foto: Geraldo Magela /Agência Senado Geraldo Magela/Agência Senado Delcídio Amaral (Agência Senado)

O ministro do Supremo Tribunal Federal determinou nesta sexta-feira (19) a soltura do senador Delcídio Amaral (PT-MS). Em entrevista exclusiva ao repórter Anderson Costa, o advogado do parlamentar, Antonio Figueiredo Basto, afirmou que a decisão é “um resultado que nos deixa mais tranquilos e parece que reestabelece, pelo menos em parte, a justiça”.

Solto, mas com imposições, o ex-líder do Governo no Senado terá de ficar em casa “no período noturno e nos dias de folga”, além de não poder deixar o País e ter de comparecer quinzenalmente à Justiça.

“Já disse que não há nenhuma restrição específica ao parlamentar. O senador deve voltar às suas atividades (…) O mais importante é que ele volte ao exercício do mandato”, reiterou.

O advogado ressaltou ainda que colocaram à disposição do STF o passaporte do senador. “Mostra que o senador está muito tranquilo para enfrentar de cabeça erguida esse processo e tem consciência de que aquilo não passou de uma encenação, uma armadilha que fizeram para ele”, pontuou.

Sobre uma suposta conversa em torno de delação premiada, Antonio Figueiredo Basto disse que não ocorreu nada sobre essa possibilidade. “Isso é uma especulação, até porque trabalhamos duramente e essa conversa não ocorreu. Neste momento, descartamos totalmente qualquer possibilidade de colaboração com o Ministério Público e com a Justiça”, revelou.

O ex-líder do Governo no Senado foi preso no dia 25 de novembro por decisão da Corte máxima, sob suspeita de tramar contra a Operação Lava Jato. Com medo da delação premiada de Nestor Cerveró, que o envolve no esquema de propinas na estatal petrolífera, o senador teria oferecido apoio financeiro e fuga para o ex-diretor de Internacional da Petrobras.

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