Defesa de Dilma vai recorrer por mais tempo para respostas de testemunhas

  • Por Agência Brasil
  • 15/06/2016 15h35
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Brasília - O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fala sobre o relatório de impeachment feito pelo deputado Jovair Arantes (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Advogado-geral da União

O advogado José Eduardo Cardozo, que defende a presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment, afirmou nesta quarta-feira (15) que vai apresentar recurso para que as testemunhas tenham mais tempo para responder aos questionamentos dos senadores na comissão que analisa o impedimento da petista.

Desde ontem (14), durante os depoimentos de testemunhas de defesa no processo, os parlamentares favoráveis à presidente Dilma têm reclamado que o tempo de três minutos concedido às testemunhas para responder aos questionamentos não é suficiente.

“Quero informá-lo que, diante da limitação, da impossibilidade de resposta completa, a defesa irá recorrer dessa decisão [sobre o tempo] e pedir novo depoimento dessa testemunha, caso seja acolhido esse recurso, uma vez que é impossível que, nesse prazo dado, possa ele responder”, disse Cardozo ao presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).

Pouco antes, Lira havia negado pedido do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por mais tempo de resposta para a primeira testemunha ouvida nesta quarta-feira, o ex-secretário adjunto do Orçamento Federal Cilair Rodrigues.

Estratégia

A advogada Janaína Paschoal, responsável pela acusação no processo, protestou contra a atitude da defesa. “Eu só gostaria de deixar consignado que a estratégia da defesa é fazer crer que está ocorrendo algum tipo de cerceamento, quando é evidente que não está. Todas as testemunhas tiveram o mesmo tempo. Não é possível querer mudar a regra no meio do processo”, acrescentou Janaína. 

Como estratégia para acelerar a fase de depoimentos de testemunhas de defesa e garantir que essa fase do processo termine até o dia 17 de junho, como estabelece o cronograma aprovado pela comissão, os senadores contrários à Dilma passaram a não mais fazer perguntas às testemunhas de defesa.

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