Defesa de Dirceu pede perdão da pena imposta ao ex-ministro no mensalão

Ex-ministro da Casa Civil José Dirceu em 2003

Condenado a cumprir sete anos e 11 meses de prisão pelo crime de corrupção, o ex-ministro José Dirceu agora quer o indulto desta pena.

O pedido de perdão foi protocolado na última segunda-feira e diz respeito somente ao caso do mensalão do PT.

Quem deve avaliar a solicitação é o ministro Luis Roberto Barroso, responsável pela execução penal dos condenados no caso do mensalão.

Em depoimento prestado na última sexta-feira ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, José Dirceu diz que não quer ser novamente apontado como o chefe de quadrilha. (confira AQUI o depoimento completo prestado à Lava Jato)

“Eu não consigo aceitar minha prisão, dr. Moro. Eu sei que tenho que obedecer a lei, obedeci, to preso, tenho bom comportamento, estou remindo”, avaliou. “Agora, eu estava prestando todas as informações, estava no regime aberto em Brasília, domiciliar, estou sempre à disposição da Justiça, eu vou assumir o que tiver que assumir”, disse.

“Agora, o que eu não posso é pela segunda vez virar chefe de quadrilha, como eu já estou virando de novo no País, ou que eu me enriqueci”, completou.

Como diversos outros presos, o petista pode ser beneficiado pelo Indulto de Natalino, assinado pela presidente Dilma Rousseff no final do ano passado.

No documento protocolado junto ao STF, a defesa argumenta que o ex-ministro trabalhou e não cometeu faltas disciplinares graves durante o cumprimento da pena.

Neste momento, José Dirceu é réu da operação lava jato e está detido no paraná. Mas, como o petista ainda não foi condenado na investigação que apura desvios de recursos da petrobras, ele pode requerer o benefício de perdão da pena, já que não é considerado reinscidente.

Com Helen Braun