Defesa diz que ‘Romero Jucá não é alvo da Operação Armistício’ da Polícia Federal
Advogados do senador Romero Jucá (MDB-RR) afirmaram que ele “não é alvo da Operação Armistício”, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8). A investigação mira um suposto pagamento de R$ 4 milhões ao senador, em 2012, feito pelo Grupo Odebrecht como contrapartida à atuação do parlamentar à edição de uma resolução que buscava restringir a “guerra dos Portos”.
“O senador Romero Jucá não é alvo da operação Armistício. Ele já prestou todas as informações sobre a resolução da uniformização da alíquota de ICMS que foi aprovada no Senado Federal. O senador tem cobrado reiteradamente o andamento das investigações para que tudo possa ser esclarecido o mais rápido possível”, disse a defesa em nota.
Os alvos da ação policial são mantidos sob sigilo e o senador seria um alvo indireto, já a apuração faz de inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) no qual Jucá é investigado. Durante a operação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na capital paulista e nas cidades de Santos e Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo.
Confira a íntegra da nota:
“A defesa do senador Romero Juca esclarece que ele não foi alvo da operação Armistício deflagrada na data de hoje. O senador já prestou em agosto todos os esclarecimentos a respeito do PRS 72/ 2010. De fato à época da apresentação do PRS o senador, como líder do governo, a pedido do então ministro Mantega, apresentou o PRS. Também na função de líder conversou , à época da apresentação do PRS, com diversas entidades representativas do setor, como é absolutamente normal e como ocorre em todas as democracias no mundo
Este é o papel do Legislativo e a tentativa de criminalizar a política, por parte de alguns integrantes do MP, já começa a ser afastada pelo Supremo Tribunal, que, recentemente, não recebeu denúncia apresentada contra o senador, por considerar que o Senador agia no cumprimento de sua obrigação como membro do Poder Legislativo.
No caso do PRS 72 o assunto era de alto interesse nacional. Mas a defesa quer deixar claro que não foi o senador o responsável pela condução das discussões para a aprovação do projeto, até porque quando da aprovação o Senador já não era líder do Governo Outros senadores é que levaram à frente as tratativas com os setores representativos à época da aprovação, sem que este fato represente qualquer irregularidade. Querer criminalizar a atividade parlamentar é atentar contra o Estado Democrático de Direito”, finaliza a defesa.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
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