Defesa questiona ordem de buscas em escritório de filho de Lula

  • Por Agência Estado
  • 27/10/2015 21h49
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Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente da República e assistente de preparação do Palmeiras, na festa de premiação dos melhores do Campeonato Paulista, no HSBC Brasil, em São Paulo (SP). (São Paulo (SP), 05.05.2008. Foto de João Sal/Folhapress) Folhapress Luís Cláudio Lula da Silva

Os advogados do empresário Luís Cláudio Lula da Silva anunciaram nesta terça-feira, 27, que amanhã irão protocolar junto ao Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), em Brasília, medida judicial questionando o que consideram “manifestas ilegalidades” na decisão da juíza da Operação Zelotes que autorizou busca e apreensão no escritório do filho do ex-presidente Lula.

A defesa de Luís Cláudio sustenta que o fundamento usado pela juíza federal Célia Regina Ody Bernardes “para autorizar a medida extrema é precário e inconsistente”.

Os advogados do filho de Lula avaliam que a ordem judicial “apenas repete uma especulação do Ministério Público Federal”.

Na segunda-feira, 26, a Polícia Federal fez buscas nas empresas LFT Marketing esportivo e Touchdown Promoção de Eventos Esportivos, situadas em São Paulo.

A Zelotes investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Segundo a PF, esta nova etapa investiga incentivos fiscais a favor de empresas do setor de automóveis.

Como revelou o jornal O Estado de S.Paulo no início do mês, uma das empresas de Luís Cláudio, a LFT Marketing Esportivo, recebeu pagamentos de Mauro Marcondes, apontado como lobista investigado por supostamente negociar a edição e aprovação da Medida Provisória 471 durante o governo Lula. A norma prorrogou incentivos fiscais para o setor automotivo. Luis Cláudio, que também é dono da empresa Touchdown, confirma o recebimento de R$ 2,4 milhões.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA:

“Os advogados de Luís Cláudio Lula da Silva irão protocolar amanhã junto ao Tribunal Regional Federal de Brasília medida judicial questionando as manifestas ilegalidades presentes na decisão que autorizou a busca e apreensão ocorrida ontem em seu escritório, em São Paulo. O fundamento usado pela juíza para autorizar a medida extrema é precário e inconsistente, apenas repetindo uma especulação do Ministério Público Federal.

Cristiano Zanin Martins”

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