Delação da Odebrecht coloca em xeque campanhas políticas e partidos
A delação premiada e o acordo de leniência da Odebrecht colocam em xeque campanhas políticas e deixam partidos temerosos.
A empreiteira já assinou os documentos em que se compromete a prestar informações ao Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato.
As grandes legendas que receberam doações, como PT, PMDB, PSDB e PP, não devem ser poupadas.
O ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, foi condenado a 19 anos e 4 meses por corrupção, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa. Ele está preso desde junho de 2015 pela Polícia Federal e virou réu um mês depois.
As possíveis irregularidades nas campanhas de Dilma Roussef, Michel Temer e Aécio Neves, em 2014, podem ser reveladas com a delação. O pai de Marcelo, Emilio Odebrecht, também prestará depoimentos.
Os investigadores da Lava Jato já revelaram que a empreiteira tinha uma diretoria constituída apenas para pagar propinas a agentes público e políticos.
As planilhas relacionam políticos de partidos a valores pagos como ao senador Renan Calheiros e o deputado afastado Eduardo Cunha.
A inclusão no inquérito contra o publicitário João Santana pode fazer com que a denúncia seja encaminhada ao STF, saindo das mãos de Sérgio Moro.
*Informações do repórter Thiago Uberreich
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