Delação de empreiteira “engrossa tese do impeachment”, diz Pauderney Avelino

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2016 15h44
Facebook/Reprodução Líder do DEM na câmara

Em delação premiada, o ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, disse que usou dinheiro de propinas de obras superfaturadas da Petrobras para abastecimento da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2014.

Em entrevista à Jovem Pan, o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino, afirmou que o conteúdo da delação “está trazendo luz sobre uma questão que há muito já se falava, que é dinheiro de propina irrigando a campanha de Dilma Rousseff”.

Para o deputado, as informações que foram divulgadas nesta quinta-feira (08) “engrossam muito a tese do impeachment”, ainda mais se somadas aos “crimes de responsabilidade elencados” no parecer do relator da comissão especial que analisa a denúncia contra Dilma.

“Eu percebo que essas delações trazem mais razões para a presidente ser cassada. Ela, ao meu ver, poderia ter uma atitude de grandeza de renunciar, para que o País pudesse tentar voltar à normalidade”, declarou o líder do DEM.

Pauderney Avelino confirmou que está reunido com advogados da liderança e do partido ára verificar quais tipos de medida deverão ser tomados agora. “Estamos aguardando a publicidade dessa delação. Com base nessa delação deveremos tomar alguma atitude com relação a alguma denúncia contra Dilma Rousseff”, disse.

Delação premiada de empreiteira

Otávio Marques de Azevedo entregou à Procuradoria-Geral da República uma planilha que sistematizava o esquema, feito por meio de doações registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o que foi confirmado em delação, a Andrade Gutierrez doou R$ 20 milhões à campanha de Dilma em 2014, no último pleito presidencial. No entanto, não é explícito se o dinheiro destinado a Dilma chegou por meio de doações ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores ou diretamente à sua campanha.

Votação do impeachment no plenário

O deputado do DEM afirmou que a votação do parecer do relator Jovair Arantes, da comissão especial do impeachment, será realizada na segunda-feira (11) e defendeu sessões durante o final de semana.

“A bem da verdade, não há nenhum ponto do regimento interno que diga que é proibido trabalhar de sábado e domingo. Mas o presidente da comissão [Rogério Rosso] deve ir ao Supremo Tribunal Federal para tentar elucidar isso. Da nossa parte, queremos discutir a matéria”, declarou.

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