Delator da Lava Jato tira tornozeleira e vai prestar serviços à comunidade

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/11/2016 16h46
Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, abre depoimento na CPMI que investiga denúncias de irregularidades na companhia, dizendo que ficará em silêncio (Geraldo Magela/Agência Senado) Geraldo Magela/Agência Senado Paulo Roberto Costa

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa tirou, na Justiça Federal, no Paraná, a tornozeleira eletrônica na tarde desta quinta-feira (3). Um dos primeiros delatores da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa cumpria pena sob monitoramento da tornozeleira.

A partir de agora, o delator terá de cumprir cinco medidas: prestar serviços à comunidade, à razão de 4 horas semanais, em local a ser determinado pelo Juízo da Comarca de sua residência (Juízo Federal se houver), computando-se os três anos a partir do início efetivo, proibição de viajar ao exterior, salvo com autorização da Justiça, proibição de mudar-se sem comunicar previamente à Justiça, proibição de ausentar-se da Comarca de seu domicílio por mais de 15 dias sem comunicar e sem ser autorizado da Justiça e apresentar trimestralmente relatório de suas atividades profissionais.

Paulo Roberto Costa assumiu o cargo estratégico na estatal em 2004, por indicação do PP. O ex-diretor foi preso em março de 2014.

No segundo semestre daquele ano, Paulo Roberto Costa fechou acordo de delação premiada com a Lava Jato para obter benefício como redução de pena. Ele revelou que outros partidos, como o PT e o PMDB, assumiram o controle de outras áreas da Petrobras.

Costa citou 28 deputados e senadores supostamente beneficiários da corrupção que se instalou na estatal petrolífera. A delação premiada lhe garantiu, em outubro de 2014, a prisão domiciliar.

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