Delator revela que seu escritório foi usado para lavagem de dinheiro para o MDB

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2018 11h27
Reprodução O advogado revelou que seu escritório foi usado para lavagem de dinheiro pago a Milton Lyra (foto), apontado como operador do MDB

A Polícia Federal recebeu dez comprovantes de pagamentos da empresa Pérola, do grupo Rodrimar, para o escritório de advocacia de Flávio Calazans. Em delação premiada, o advogado revelou que seu escritório foi usado para lavagem de dinheiro pago a Milton Lyra, apontado como operador do MDB.

A informação, da jornalista Andréia Sadi, dá conta ainda de que os depósitos foram recebidos pela PF no Inquérito dos Portos. Este investiga se o presidente Michel Temer editou um decreto no ano passado para beneficiar empresas do setor de portos. Em troca do benefício, a empresa teria pagado propina.

Os depósitos de junho de 2014 a março de 2015 confirmam informações prestadas na delação do advogado. Ele afirmou que os depósitos eram de “contratos fictícios firmados entre o escritório de advocacia” e a empresa Pérola.

O advogado revelou em delação que seu escritório serviu como uma espécie de centro de lavagem de dinheiro para o operador do MDB. O repasse da empresa, segundo a delação, entrou na conta do escritório do advogado entre os dias 18 de junho de 2014 e 20 de março de 2015. Foram dez transferências mensais, no valor de R$ 37,5 mil cada.

Victor Colavitti e Rodrigo Britto foram apontados por Flávio Calazans como intermediários de Milton Lyra.

O operador do MDB é citado em delações por conta de sua relação com políticos. Em abril, ele teve sua prisão decretada na Operação Rizoma, que investiga prejuízos no Postalis. Entretanto, em maio, o ministro do STF Gilmar Mendes mandou soltá-lo.

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