Delcídio Amaral entra para a história “pela porta dos fundos”
O parlamentar que se projetou na CPI dos Correios e combateu o mensalão, entra para a história como o primeiro senador preso durante o mandato. Antes de ingressar na política, Delcídio Amaral trabalhou como diretor da Shell na Holanda, comandou a Eletrosul e foi do Conselho da Vale do Rio Doce.
No Governo Itamar Franco, ocupou o cargo de secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia. Na era Fernando Henrique Cardoso, assumiu a área de Gás e Energia da Petrobras e em 1998 se filiou ao PSDB, mas migrou para o PT em 2001.
Delcídio Amaral está no segundo mandato como senador e em 2005 ganhou fama ao presidir a CPI dos Correios que investigou o mensalão. “Infelizmente, senador, nós estamos em processo de votação e, independentemente dos votos que restam, o relatório foi aprovado por 17 votos”, disse seguido de aplausos.
O primeiro mandato de Delcídio Amaral no Senado foi de 2002 a 2010 e o petista do Mato Grosso do Sul sempre esteve nos holofotes. “Eu eu, mais uma vez, pergunto aos parlamentares do PMDB se votarão ou já se sentem satisfeitos com o resultado? (…) Está encerrada a sessão e concluídos os trabalhos da CPI”
O senador enfrentou desgaste dentro do PT e dizia que o partido deveria virar a página do mensalão. “Processo difícil, um processo polêmico. Eu procurei ter isenção na condução dos trabalhos. Deixei muito claro isso, desde o início. Mas é da vida. a Política é assim. Ela tem ônus e bônus”, afirmou.
No ônus e bônus da política, Delcídio Amaral entra para a história pela porta dos fundos, em meio ao furacão da crise brasileira.
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