Delcídio Amaral presta depoimento na Superintendência da PF
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) passou a noite em uma sala especial na superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Nesta quinta-feira (26), o parlamentar recebeu a visita de seu advogado e presta depoimento no mesmo local. O petista possui a prerrogativa de ser mantido em sala especial.
Uma possível transferência de Delcídio para o Complexo Penitenciário da Papuda exige, no entanto, uma determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Se for constatada que há a necessidade de retirá-lo da superintendência, a solicitação para a transferência pode ser feita pela defesa, Senado ou pela própria Polícia Federal.
Na manhã desta quinta, Delcídio recebeu a visita de seu advogado Mauricio Leite.
Depoimento
O depoimento começou por volta das 15h30, de acordo com a polícia. O senador está acompanhado de advogados. Delcídio foi preso ontem (25) na capital federal. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o senador estaria obstruindo as investigações da Operação Lava Jato ao tentar dissuadir o ex-diretor da Àrea Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de firmar um acordo de delação premiada.
De acordo com o assessor do senador, Eduardo Marzagão, Delcídio amanheceu “menos assustado” do que estava ontem (25), após ter a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Pela manhã, ele conversou com seu advogado Maurício Leite por quase duas horas. O advogado saiu sem falar com a imprensa.
Em um trecho do processo, a PGR afirma que Delcídio ofereceu dinheiro à família de Cerveró para evitar a citação de seu nome nas investigações. “O senador Delcídio Amaral ofereceu a Bernardo Cerveró auxílio financeiro, no importe mínimo de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais, destinado à família de Nestor Cerveró, bem como prometeu intercessão política junto ao Poder Judiciário em favor de sua liberdade, para que ele não entabulasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal”, diz a PGR.
Mais presos
Já o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, também preso nesta quarta-feira (25), permanecerá na sede da da superintendência da PF, no Rio de Janeiro. A prisão de Esteves é temporária e tem duração máxima de cinco dias.
Em caso de prorrogação ou transformação em prisão preventiva, o executivo pode ser transferido para Brasília. No mesmo dia da prisão, a defesa de Esteves entrou com pedido de revogação no STF.
O chefe de gabinete do petista, Diogo Ferreira, passou a noite em uma cela da superintendência da Polícia Federal, em Brasília. O advogado Edson Ribeiro, que teve ordem de prisão decretada, foi lacalizado nos Estados Unidos e deve ser trazido para Brasília.
*Com informações de Agência Brasil
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