“Democracia, democracia e democracia”, pede professor de ética para “pós-Dilma”
O Brasil vive, neste domingo, 13 de março, um dia de intensas manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. No entanto, a questão sobre o futuro ainda está pendente: se Dilma cair, quem, e como, assumirá o poder? Para Roberto Romano, professor de ética da Unicamp, só existe uma garantia.
“Uma vez, em entrevista à Jovem Pan, eu dizia, como uma espécie de ingênuo poeta: democracia, democracia e democracia. Nós não podemos, de maneira nenhuma, transigir na defesa das instituições representativas e da exigência da pluralidade ideológica e da pluralidade partidária”, pregou o professor em entrevista à Rádio Jovem Pan.
O problema, para ele, é que faltam lideranças políticas. “Não temos mais lideranças nacionais a altura de responder desafios brasileiros, o Temer representa um setor no PMDB que não é hegemônico dentro do partido, não tem hegemonia sólida para governar. Esse é um ponto que me preocupa muito: o que virá no day after se a presidente Dilma for impedida”, afirmou.
É importante, segundo Roberto Romano, não dar espaço aos aproveitadores em um clima de animosidade. “Ao entramos em uma cena bastante complicada, boa parte dessas brigas todas geraram clima de animosidade recíproca, aproveitada por pescadores de água turva”, concluiu o professor.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.