Deputado acusa Controladoria-Geral de ser conivente com corrupção na Petrobras

  • Por Agência Câmara Notícias
  • 16/07/2015 14h50
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Entrevista Mirian Belchior,ministra Elza Fiúza/Agência Brasil Valdir Simão

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) acusou a Controladoria-Geral da União (CGU) de ser conivente com os casos de corrupção relacionados à Petrobras. Ele defendeu que o órgão seja independente do governo, com mandato e mais autonomia, para que as ações de fiscalização sejam mais transparentes. “Posso falar da Petrobras, do Dnit, do setor elétrico. Onde estava a CGU? Roubar é escolha do governo”, acusou o parlamentar durante reunião da CPI da Petrobras. 

Valdir Simão rebateu as críticas e disse que, apesar de estar há seis meses no cargo, qualquer aperfeiçoamento na instituição é bem-vinda. “Não há intervenção de quem quer que seja nas investigações, nas auditorias e nos processos de responsabilização. Defendemos o interesse público”, disse o ministro. Ele disse que a CGU tem como objetivo fortalecer o monitoramento de estatais. 

O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) também quis saber se a opção de não utilizar as denúncias do ex-presidente Jonathan Taylor teve alguma relação com o calendário eleitoral no ano passado. Simão negou que as investigações contra a SBM Offshore tenham sido ocultadas em razão da eleição.

O deputado Leo de Brito (PT–AC) defendeu a Controladoria-Geral da União no processo que envolve a denúncia apresentada por Taylor. “Ele violou e-mail, fez escutas sem autorizações. É claro que as instituições no Brasil têm que ter cuidado”, disse.

O ministro da CGU voltou a responder que a empresa já estava sendo investigada pelo órgão e só não usou as provas apresentadas por Taylor porque não havia segurança sobre a licitude na obtenção dos documentos obtidos. “Estamos produzindo provas adequadamente, e isso vale, também, para a Lava Jato, para que tenha o respaldo jurídico necessário.”

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