Deputado quer acareação entre ex-gerente de refinaria da Petrobras e 2 delatores

  • Por Agência Câmara Notícias
  • 08/06/2015 18h29

O ex-gerente de Serviços da Petrobras deu o primeiro depoimento da CPI da estatal nesta terça-feira (11)

EFE Pedro Barusco

O deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), um dos sub-relatores da CPI da Petrobras, vai pedir uma acareação entre o ex-gerente geral da Refinaria Abreu e Lima, Glauco Legatti, e outras duas pessoas: o ex-gerente de Tecnologia da Petrobras Pedro Barusco e o engenheiro Shinko Nakandakari, que acusou Legatti de ter recebido R$ 400 mil em propina.

De acordo com o engenheiro Ivo Tasso Bahia Baer, ex-gerente de interligações da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que está sendo ouvido neste momento pela CPI da Petrobras, Legatti foi quem nomeou os membros da comissão de licitação responsável pela contratação da empresa responsável pelas tubulações da refinaria Abreu e Lima.

O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou um sobrepreço de R$ 316 milhões na construção de tubovias da refinaria, obra a cargo de um consórcio formado pelas empreiteiras Queiroz Galvão e Iesa – acusadas de formação de cartel pelo Ministério Público.

Baer foi o engenheiro responsável pela fiscalização da montagem dos tanques e interligações de tubulações dos 580 km de tubos da refinaria. Ele disse nunca ter percebido qualquer irregularidade na obra.

A refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, começou a operar no final do ano passado depois de ter consumido 18 bilhões de dólares em sua construção. O orçamento inicial era de 2,4 bilhões de dólares.

Shinko Nakandakari, delator que acusa Legatti de ter recebido propinas, disse em depoimento à Justiça Federal que atuava em nome da empreiteira Galvão Engenharia. A Galvão trabalhou na terraplanagem da refinaria Abreu e Lima, fase da obra que teve superfaturamento, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).

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