Deputado tucano nega ter sido “mentor” de manobra para anistiar caixa dois

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2016 12h06
Brasília - O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, anuncia rompimento do partido com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz / Agência Brasil Carlos Sampaio

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), negou ter atuado como “mentor” da manobra para tentar anistiar políticos que cometeram caixa dois.

“Falo com tranquilidade, porque todas as posições que eu adoto, eu faço à luz do dia e às claras. O que eu defendi, e continuo defendendo, é que a proposta de criminalização do caixa dois é a melhor proposta que poderia acontecer ao País”, disse.

O tucano afirmou ainda ter questionado a razão pela qual a criminalização seria deixada apenas para o pleito de 2018. “Há um mês questionou por que isso ficaria para a próxima eleição se todo mundo diz que vai ter caixa dois nessa eleição. O ideal é que fosse votado imediatamente para valer agora”, defendeu.

O ato de segunda-feira (19), que pretendia votar a anistia àqueles que cometessem caixa dois, no entanto, “não tem nada a ver com caixa dois”, segundo o deputado. “O que quiseram votar era um projeto de 2007 que versa sobre as eleições de forma genérica, carro de som, outdoor. Nada tem a ver com a proposta de Deltan Dallagnol. O que quiseram nesta segunda era, não só manobra, mas obscuridade absoluta (…) A pretexto de se criminalizar o caixa dois, tentaram fazer manobra para anistiar aqueles que cometeram o ato”, explicou.

Segundo o deputado, a votação da criminalização do caixa dois, proposta no projeto de combate à corrupção serve para punir políticos que o cometerem de hoje em diante. “Será que Deltan propôs a medida de criminalização para iniciar para trás? É para criminalizar para frente, de forma efetiva (…) Se você não inibe a ação da pessoa, ela vai continuar praticando caixa dois”, completou.

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