Deputados batem boca em sessão da Previdência; ‘Não vamos fulanizar o debate’, diz Ramos

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2019 12h30 - Atualizado em 13/06/2019 12h31
Divulgação/Portal Câmara Marcelo Ramos “Mesmo que o ambiente seja conflituoso, o ambiente precisa ser urbano, e não fulanizado. Não estamos discutindo as condutas individuais dos deputados”, disse Ramos

O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), precisou pausar a sessão de apresentação do relatório na manhã desta quinta-feira (13) para acalmar os ânimos dos parlamentares.

Depois de um bate boca entre os deputados Ivan Valente (PSOL-SP), declaradamente contra a mudança nas regras de aposentadoria, e Marcel Van Hatten (NOVO-RS), a favor da reforma, Ramos pediu que o debate sobre o projeto não fosse “fulanizado”.

“Precisamos nos esforçar para passar uma mensagem de urbanidade”, pediu Ramos. “Mesmo que o ambiente seja conflituoso, o ambiente precisa ser urbano, e não fulanizado. Não estamos discutindo as condutas individuais dos deputados”, disse.

Ramos ressaltou, ainda, que não “pode levantar da mesa” da presidência da sessão para “apartar briga” e que não consegue e nem é seu papel “controlar debates fora do microfone”. Valente e Hatten se levantaram de suas cadeiras para discutir frente a frente.

Antes da briga, o deputado do PSOL disse que o partido é “radicalmente contrário” a nova Previdência, que, de acordo com ele, vai “esfolar os pobres, rurais e idosos”. Valente chamou o projeto de “perverso” e fez duras críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

O parlamentar ressaltou que não existe acordo para a aprovação da reforma, como divulgado ontem (12), depois que líderes dos partidos se reuniram e decidiram pela retirada dos estados e município do texto. “O acordo a gente vai ver amanhã, nas ruas”, exaltou-se Valente, em referência à greve geral contra a Previdência prevista para acontecer nesta sexta-feira (14).

Em resposta, o deputado Marcel Van Hatten defendeu a aprovação do projeto o mais rápido possível, listando ganhos que ele trará para o Brasil. Ele rebateu as acusações de Valente, dizendo que é “mentira que os mais pobres vão pagar mais” e convidando o psolista para contribuir mais, já que “ele pode” e ganha aposentadoria parlamentar.

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