Desabastecidos, permissionários do CEAGESP discutem paralisação
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O CEAGESP, principal entreposto comercial de São Paulo, amanheceu desguarnecido. Carente de mercadorias, permissionários e funcionários se reuniram na manhã desta quinta-feira para discutir um possível apoio ao protesto dos caminhoneiros de todos país contra o aumento do preço do combustível. A previsão é de que as mercadorias se esgotem nesta sexta-feira.
Devido à paralisação e ao bloqueio de estradas, mercadores alegam não haver motivo para que o depósito mantenha suas atividades. Preocupados com a opinião pública, as classes de trabalhadores divergem sobre a paralisação. Segundo José de Souza, presidente do sindicato dos carregadores, “a classe não pretende aderir a paralisação”, embora sejam simpáticos à causa. A maioria dos empresários, contudo, é a favor do movimento.
Rafael Cajueiro, advogado da Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo, disse que “a intenção dos comerciantes é paralisar as atividades” e alertou para um “possível total desabastecimento da região metropolitana a partir de domingo”. O CEASA, porém, deve permanecer aberto.
O advogado ressaltou ainda que serão necessários sete dias para que o abastecimento do entreposto se normalize. Quase quatro mil funcionários serão afetados pela paralisação.
Produtores
A crise causada pelo preço do combustível afetou, também, o produtor rural. Segundo um permissionário que não quis se identificar, “os produtores também decidiram não colher mercadoria pelo risco do transporte e isso contribui para desabastecimento do CEASA”. Ele alertou para a utilização do combustível em tratores e lamentou que todos da cadeia produtiva sejam afetados pelos seguidos aumentos de preço. Decorrente do desabastecimento, a paralisação deve durar até o fim do movimento dos caminhoneiros.
— Jovem Pan News (@portaljovempan) May 24, 2018
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