Deslizamento no Paraná: PRF diz que cabia à concessionária o fechamento da BR-376
Desabamento de encosta causou a morte de ao menos duas pessoas e o soterramento de 20 veículos
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná, Antônio Paim Junior, afirmou nesta quarta-feira, 30, que a concessionária Arteris Litoral Sul, que administra a BR-376, é responsável pela avaliação das condições do trecho e fechamento do tráfego na rodovia, onde um deslizamento de terra matou ao menos duas pessoas. “Essa condição, principalmente, numa serra, é uma condição muito dinâmica. Então, essa questão é uma questão própria da concessionária avaliar e agir de acordo com os levantamentos e até o histórico de ações que se tem nos locais”, afirmou o superintendente, em coletiva de imprensa. O acidente com a encosta aconteceu na segunda-feira, 28, no km 699, em Guaratuba, no litoral do Paraná, e causou o soterramento de cerca de 20 veículos. Até o momento, dois corpos foram localizados e seis pessoas foram resgatadas com vida. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a estimativa é que 30 pessoas estejam desaparecidas. Nesta terça, o coronel Fernando Raimundo Schuning, da Defesa Civil do Estado, havia afirmado que a Arteris sabia da “vulnerabilidade técnica” na rodovia e que as fortes chuvas que atingem a região apresentavam riscos para o tráfego. Entretanto, um deslizamento grave não era registrado há mais de 10 anos na região, sendo o último registrado em 2011.
“Para se ter uma ideia, uma situação dessa não existe expectativa a tanto material derramado. Tivemos uma situação assim em 2011, que foi tão expressiva como dessa vez. Queda de barreira, deslizamento, é uma situação que pode acontecer, mas com essa expressividade aconteceu há 11 anos”, reforçou Antônio Paim Junior. Em comunicado divulgado em site oficial, a Arteris infirmou que o trecho da BR-376 “permanece com interdição total devido ao deslizamento de encosta”. A empresa informa ainda que equipes de engenharia, conserva e operações atuam no local para “verificação do talude e auxiliam na remoção dos veículos”. “No momento, veículos caçamba, escavadeira e guinchos atuam com o objetivo de liberar uma das faixas para o trabalho das equipes. Todos os trabalhos estão sob coordenação do Cobom e contam com apoio, além da concessionária, da Defesa Civil e Polícia Rodoviária Federal”, diz nota. Não há previsão para liberação da rodovia. A reportagem do site da Jovem Pan entrou em contato com a Arteris Litoral Sul a respeito das declarações da PRF, mas até o momento não foi respondida.
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