Diário Oficial publica demissão de Bebianno; ex-ministro é suspeito de irregularidades em campanha

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2019 09h16 - Atualizado em 19/02/2019 09h19
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Wilton Junior/Estadão Conteúdo Ele é suspeito de irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para candidatas do partido

O anúncio definitivo da exoneração de Gustavo Bebianno foi publicado hoje (19) no Diário Oficial da União. Demitido do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, o advogado será substituído pelo general Floriano Peixoto Vieira.

Bebianno foi presidente do PSL durante a campanha eleitoral e trabalhou ativamente na candidatura de Jair Bolsonaro à presidência. Ele é suspeito de irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para candidatas do partido.

Nesta segunda (18), o palácio do Planalto divulgou um vídeo para informar da saída do titular da pasta. “Desde semana passada, pontos de vista sobre questões relevantes trouxeram necessidade de reavaliação”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro no registro. “Pode ter havido incompreensões e questões mal entendidas de parte a parte, não sendo adequado pré-julgamento de qualquer natureza.”

As suspeitas contra o PSL envolvendo candidaturas laranjas surgiram em fevereiro. O primeiro integrante do Governo citado no caso foi o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, então presidente do PSL em Minas Gerais.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, quatro candidatas no estado receberam R$ 279 mil do comando nacional do partido. Apesar de ficarem entre as 20 candidaturas do PSL que mais receberam recursos no país, tiveram menos de mil votos cada uma.

Bebianno foi implicado diretamente nas suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas cerca de 10 dias após a publicação. O jornal teria mostrado que ele teria aprovado o repasse de R$ 250 mil para a candidatura de uma ex-assessora. Segundo as prestações de contas, o dinheiro foi repassado a uma gráfica em endereço de fachada.

Em nota divulgada na semana passada, ele negou as irregularidades. “Reitero meu incondicional compromisso com meu país, com a ética, com o combate à corrupção e com a verdade acima de tudo”, disse.

Com Agência Brasil

 

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