Dilma convoca reunião para discutir repasses “indevidos” após delação de dono da UTC

Presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília. 06/05/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino Presidente Dilma Rousseff

A repórter Andréia Sadi, do jornal Folha de S.Paulo, afirmou em reportagem na edição de 27 de junho de 2015, que a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto com os Ministros Aloysio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Comunicação Social) para analisar o teor das denúncias de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC, que afirmou que 18 políticos ou campanhas  haviam supostamente recebido dinheiro de esquema oriundo de corrupção da Petrobras.

De acordo com reportagem da Revista Veja, o empresário doou oficialmente R$ 7,5 milhões a campanha de reeleição da presidente em 2014, temendo ser prejudicado em seus negócios com a Petrobras. Além da campanha de Dilma, o então candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também teria recebido uma contribuição oficial da UTC na disputa pela prefeitura.

Todos os acusados por Ricardo Pessoa negaram qualquer irregularidade e que todas as doações foram legais e declaradas.

Abaixo a lista divulgada por Veja, dizendo que Pessoa apontou as seguintes campanhas e candidatos:

– Campanha de Dilma Rousseff em 2014: R$ 7,5 milhões.
– Campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006: R$ 2,5 milhões.
– Ministro Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha de Dilma: valor não informado.
– Ministro Aloizio Mercadante (PT): R$ 250 mil.
– Senador Fernando Collor (PTB-AL): R$ 20 milhões.
– Senador Edison Lobão (PMDB-MA): R$ 1 milhão.
– Senador Gim Argello (PTB-DF): R$ 5 milhões.
– Senador Ciro Nogueira (PP-PI): R$ 2 milhões.
– Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP): R$ 200 mil.
– Senador Benedito de Lira (PP-AL): R$ 400 mil.
– Deputado José de Fillipi (PT-SP): R$ 750 mil.
– Deputado Arthur Lira (PP-AL): R$ 1 milhão.
– Deputado Júlio Delgado (PSB-PE): R$ 150 mil.
– Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE): R$ 300 mil.
– Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP): R$ 2,6 milhões.
– Ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto: R$ 15 milhões.
– Ex-ministro José Dirceu: R$ 3,2 milhões.
– Ex-presidente da Transpetro Sergio Machado: R$ 1 milhão.