Dilma deve realizar pronunciamento sobre impeachment ainda nesta quarta (02)

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2015 20h00
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EFE Presidente Dilma Rousseff na Suécia

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, decidiu nesta quarta-feira (02) acatar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, assinado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal.

A presidente deverá realizar um pronunciamento ainda na noite de hoje no Salão Leste do Palácio do Planalto e adotará o tom de que a atitude do peemedebista foi uma retaliação política, segundo o jornal O Globo.

No momento, a presidente está reunida em seu gabinete com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Ricardo Berzoini (Secretaria do GOverno) e seu assessor especial, Giles Azevedo, para fechar detalhes de sua fala.

Logo após o anúncios dos deputados petistas de que votariam contra Cunha no Conselho de Ética, o Governo reagiu na possibilidade de que algo pudesse ocorrer. NO entanto, nos bastidores, não esperava-se que Cunha desse andamento ao pedido de impedimento ainda nesta tarde.

Ainda segundo o jornal, auxiliares da presidente afirmaram que o momento é de cautela e que não cabia ao Governo se antecipar sobre o debate em torno do impeachment. Pouco antes do anúncio, Cunha avaliava que o Planalto tomaria a decisão como uma vingança.

O pedido de impeachment

O pedido acolhido por Eduardo Cunha foi elaborado pelo ex-petista Hélio Bicudo e conta com a assinatura do jurista Miguel Reale Jr. e de representantes de movimentos sociais.

O documento foi protocolado no dia 21 de outubro por líderes de partidos da oposição. Deputados do DEM, PSDB, PPS e Solidariedade anexaram como justificativa do pedido de afastamento alguns decretos presidenciais que previam o aumento de gestos neste ano, sem a autorização do parlamento. Tais decretos são tidos pelos líderes da oposição como indícios de pedaladas fiscais no atual mandato da presidente Dilma.

Assinaram o documento também, além dos juristas, 43 movimentos de rua, segundo disse à época a filha de Hélio Bicudo, Maria Lúcia. Este havia sido o 28º pedido de impeachment da presidente apresentado à Câmara. Desde o início do ano, 20 tinham sido arquivados e sete estavam sob análise.

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