Dilma mantém rotina de exercícios e anda de bicicleta em Porto Alegre

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/05/2016 12h12
Presidente Dilma Rousseff anda de bicicleta perto do Palácio da Alvorada em Brasília. 15/04/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino REUTERS/Ueslei Marcelino Presidente Dilma Rousseff anda de bicicleta perto do Palácio da Alvorada em Brasília

A presidente da República afastada, Dilma Rousseff, andou de bicicleta, na manhã desta sexta-feira (27), nas cercanias de sua residência, na zona sul de Porto Alegre. Quando está na capital gaúcha para descansar e visitar a família, a petista dificilmente dispensa o exercício matinal. Dilma estava acompanhada de seguranças. Agasalhada para se proteger do frio, encerrou o passeio por volta das 8h já perto de seu condomínio. 

A presidente afastada chegou a Porto Alegre na tarde da última quinta-feira (26). De acordo com assessores, Dilma vai passar o feriado prolongado ao lado da filha, Paula Araújo, e dos netos, Gabriel e Guilherme. Ela não tem compromissos oficiais agendados para os próximos dias. O retorno para Brasília está previsto para o próximo domingo (29).

Esta é a segunda vez que Dilma viaja à capital dos pampas após seu afastamento. Ela esteve na cidade entre 13 e 16 de maio, logo depois de o Senado votar pela admissibilidade de seu processo de impeachment. Na ocasião, também ficou com a família, sem compromissos públicos.

Sua residência oficial continua sendo o Palácio do Alvorada, onde montou um gabinete de trabalho para a defesa de seu mandato. Por enquanto, a principal frente de ação é a internet. Em sua página no Facebook e no Twitter, a mandatária afastada e sua equipe rebatem os anúncios e as medidas tomadas pela gestão de Michel Temer. 

Ainda na última quinta-feira, Dilma também usou as redes sociais para manifestar solidariedade à jovem de 16 anos estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro. No Facebook, a petista classificou o ato como barbárie. “Mais uma vez reafirmo meu repúdio à violência contra as mulheres. Precisamos combater, denunciar e punir este crime”.

Por meio de nota no mesmo dia, Dilma negou irregularidades na sua campanha à reeleição e esclareceu que todos os pagamentos feitos ao publicitário João Santana totalizaram R$ 70 milhões.

Ela afirmou ainda que os referidos pagamentos foram contabilizados na prestação de contas aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A nota é uma resposta às conversas gravadas do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP). 

Em um dos trechos, o político afirma que a delação de Marcelo Odebrecht vai atingir a petista. “Vão contar tudo. Vão livrar a cara do Lula e vão pegar a Dilma. Porque quem tratou diretamente sobre o pagamento do (marqueteiro da campanha) João Santana foi ela (Dilma). Então, eles vão fazer. Porque isso tudo foi muito ruim pra eles”.

A nota refutou as afirmações. “É curioso que pessoas que estiveram distantes da coordenação da campanha presidencial, de sua tesouraria, possam dar informações de como foram pagos e contabilizados os recursos arrecadados legalmente para a sua realização. Comentários feitos em conversas entre terceiros e que não apontam a origem das informações não têm nenhuma credibilidade”, informa o texto, divulgado pela assessoria da petista.

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