Dilma participa da inauguração da operação de Belo Monte e exalta obra

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/05/2016 16h23
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Roberto Stuckert Filho/PR Dilma Rousseff durante cerimônia que marca início da operação comercial da Usina Hidrelétrica de Belo Monte - Presidência

A presidente Dilma Rousseff (PT) iniciou seu discurso na inauguração das operações da Usina de Belo Monte exaltando a grandiosidade da obra, que, durante sua construção, ganhou polêmica de repercussão internacional. “Esta usina é do tamanho deste povo, corajoso e trabalhador, e é grandiosa, porque causa grande impacto e mostra que o povo brasileiro tem capacidade de construir uma obra como essa”, disse.

Segundo ela, Belo Monte é importante para a geração de energia elétrica no País e a obra promove segurança no fornecimento do insumo para toda a população. “A geração dela é feita por fontes sustentáveis e por menos poluentes dos usados nos países desenvolvidos”, disse. 

O impacto ambiental negativo da usina foi um dos temas que repercutiram no mundo e, indiretamente sobre o tema, Dilma disse que, na verdade, a poluição da região foi evitada, já que pode haver a garantia de fornecimento de energia. A presidente ainda lembrou que os rês últimos anos foram “difíceis” para o setor elétrico, destacando que no ano passado houve o menor índice de precipitação de chuva. 

“Mesmo assim, não houve apagão. Nós não tivemos em 2015 o mesmo racionamento que ocorreu em 2001, porque vocês existem e fizeram esta usina”, falou. E aproveitou para criticar os feitos do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) nessa área. 

“Temos uma inteligência capaz de construir sistema elétrico nacional interligado, mas foi preciso também inteligência política”, criticou Dilma, informando, na sequência, que, em cinco anos, inseriu quase 30 mil megawatts no sistema contra “apenas” 21 mil megawatts em cinco anos do governo FHC.

“Belo Monte é um projeto de desenvolvimento para o País e para região Norte”, disse, exaltando os beneficiários da região do programa Luz Para Todos, além de universidades federais, programa Mais Médicos, entre outros projetos sociais. “Com Belo Monte não levamos só energia; criamos riqueza única e o que me move, que faz com que eu queira lutar, para manter meu mandato, é que nós construímos um patrimônio neste País”, disse, começando sua defesa contra o processo de impedimento. 

A presidente participou da inauguração da operação comercial da Usina de Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA). Conforme o governo, no pico da construção, Belo Monte gerou 20 mil empregos diretos e 40 mil empregos indiretos na região.

Representantes de movimentos sociais e de trabalhadores da Belo Monte entregaram flores à presidente Dilma, aos gritos da plateia de “no meu País, eu boto fé, porque ele é governado por mulher”.

Logo após, Dilma partiu para Santarém (PA), onde vai entregar 3 081 unidades do Minha Casa Minha Vida. Estão previstas entregas simultâneas em Uberaba (MG), Camaçari (BA), Itapipoca (CE) e Campo dos Goytacazes (RJ). 

Um pouco antes de Dilma, o ministro de Minas e Energia, Marco Antonio Martins Almeida, havia comentado que Belo Monte é uma obra emblemática tanto pelas discussões quanto pelo aspecto social. Segundo ele, a usina tem a menor razão entre área alagada e capacidade instalada. “Belo Monte tem 10% da média brasileira das usinas hidrelétricas. Isso sendo a segunda maior hidrelétrica no Brasil e a terceira maior do mundo. Possui carga suficiente para atender 40% do consumo residencial do País e está alinhada com os compromissos da COP-21”, disse.

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