Dilma pede prazo para ministros do PMDB antes de tomar qualquer decisão sobre pastas
Em reunião nesta quarta-feira (30), a presidente Dilma Rousseff pediu aos seis ministros do PMDB “um tempo” para tomar uma decisão relacionada às suas pastas. Segundo informações do comentarista da Jovem Pan, Fernando Rodrigues, a petista acredita que usará algumas vagas para redistribuir para outros partidos da base aliada, que podem ajudá-la a segurar o processo de impeachment.
Segundo o blog do comentarista, a impressão dos ministros é que Dilma Rousseff deve tomar uma decisão até sexta-feira (1º) ou o início da próxima semana.
Na reunião desta quarta-feira estavam presentes os peemedebistas: Eduardo Braga (Energia), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Portos), Kátia Abreu (Agricultura), Mauro Lopes (Aviação Civil) e Marcelo Castro (Saúde).
Destes, três apresentam mais chances de permanecerem nos cargos. São eles: Eduardo Braga, Helder Barbalho e Kátia Abreu. Os outros três devem sair de seus cargos na equipe ministerial de Dilma.
Mais cedo, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, confirmou, pelo microblog Twitter, que não deixará o Governo. “Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil no enfrentamento da crise”, disse a ministra. “Deixamos a presidente à vontade caso ela necessite de espaço para recompor sua base”, afirmou. “O importante é que na tempestade estaremos juntos”, concluiu.
O PMDB, além dos seis ministérios, ocupa mais de mil cargos federais. Esses seriam os cargos oferecidos a partidos da base governista como o PP, PR e PSD, de modo que formariam uma coalizão para agir contra o impeachment e a favor do Governo Dilma.
No entanto, assim como o PP, o PR também aguardará a apresentação do parecer da Comissão Especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff para decidir se abandona ou não o Governo.
O líder do PR na Câmara, Maurício Quintella Lessa (AL) afirmou que a decisão da bancada, com 40 deputados, está dividida e que ainda há muitos indecisos. Segundo o parlamentar, ainda não se sabe se a legenda fechará questão em torno da decisão majoritária que será tomada.
Com 51 deputados e seis senadores, o PP é hoje a terceira bancada na Câmara e internamente avalia como natural as pressões que virão nos próximos dias, tanto do Palácio do Planalto como do PMDB, para uma definição. “Faz parte do momento que estamos vivendo, mas a bancada, na sua totalidade, decidiu que essa posição se dará imediatamente após a decisão da Comissão Especial”, ressaltou o líder do pártido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB).
*Com informações do comentarista Fernando Rodrigues
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.