Dilma rebate fala de Bolsonaro: “terrível” homenagear o “maior torturador do País”

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2016 14h15
Presidente Dilma Rousseff durante evento no Palácio do Planalto, Brasília. 19/04/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino REUTERS/Ueslei Marcelino - 19/04/2016 Presidente Dilma Rousseff durante evento no Palácio do Planalto

Durante entrevista a jornalistas estrangeiros na qual defendeu seu mandato, a presidente Dilma Rousseff rebateu a fala do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) durante seu voto a favor do impeachment no domingo (17). Torturada durante a Ditadura Militar, Dilma foi citada por Bolsonaro.

“Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), o pavor de Dilma Rousseff”, disse o polêmico parlamentar, citando reconhecido torturador do regime. “Perderam em 64, perderam agora em 2016”, disse também Bolsonaro, que elogiou Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Eu acho lamentável. De fato fui presa nos anos 1960, de fato eu conheci bem esse senhor ao qual ele se refere. Era um dos maiores torturadores do Brasil. Sobre ele não recai apenas denúncia de tortura”, mas de morte, disse também a presidente da República, citando relatório da Comissão da Verdade.

“Eu lastimo que esse momento no Brasil tenha dado abertura para intolerância, para o ódio, para esse tipo de fala”, continuou Dilma. “A aventura golpista levou a uma situação que nós não vivíamos no Brasil: de raiva, de ódio, de perseguição”.

“É terrível você ver no julgamento (do impeachment) alguém votando em homenagem ao maior torturador que esse País conheceu. É lamentável”, concluiu.

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