Dilma “repudia com indignação” ter nome citado em ação “pessoal” de Mercadante
Em nota de 42 palavras, a presidente Dilma Rousseff defendeu a si mesma e repudiou qualquer envolvimento em “iniciativa pessoal” do ministro da Educação Aloizio Mercadante, acusado pelo senador Delcídio do Amaral de tentar impedir sua delação premiada. Veja:
A presidenta da República, Dilma Rousseff, repudia com veemência e indignação a tentativa de envolvimento do seu nome na iniciativa pessoal do ministro Aloizio Mercadante, no episódio relativo à divulgação, feita no dia de hoje (15), pela revista Veja.
O principal assessor de Delcídio gravou conversa (ouça as gravações completas) com Mercadante que foi enviada à Procuradoria-Geral da República, com quem o senador assinou o acordo de delação. Na sua fala à PGR, Delcídio do Amaral disse acreditar que a própria presidente Dilma pediu para Mercadante ter o referido encontro.
De acordo com o ex-líder do governo no Senado, Mercadante era um dos poucos que possuíam a confiança da presidente, e que teria dito que “se ela tiver que descer a rampa do Planalto sozinha, eu descerei ao lado dela”.
O ministro negou, em entrevista coletiva mais cedo, qualquer tentativa de constranger Delcídio a não delatar e entende que em sua visão as gravações não o comprometem. Ele, entretanto, assumiu total responsabilidade pela iniciativa “de solidariedade” que prestou a Delcídio quando este ainda estava preso.
“A presidente não tem nenhuma responsabilidade. A responsabilidade é inteiramente minha”, afirmou.
A orientação para que Mercadante desse uma coletiva de imprensa partiu da presidente Dilma, que chamou o ministro para uma reunião mais cedo no Palácio do Planalto na qual cobrou explicações sobre as notícias da delação do senador.
Com complemento da Agência Estado
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