Dilma Rousseff reprova ministros do STF que criticaram uso do termo “golpe”
A presidente Dilma, sem citar nomes, reprovou os ministros do Supremo Tribunal Federal que criticaram o uso do termo “golpe” para designar o processo de impeachment contra ela.
Em Nova York, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (22), Dilma Rousseff afirmou que os ministros – Celso de Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, os quais ela não citou nomes – não deveriam emitir opinião, já que terão de se manifestar em provável recurso ao STF feito pelo Governo.
Ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente disse: “é a opinião de três ministros. São apenas três ministros, e são ministros que não deveriam dar opinião porque vão me julgar”.
Durante a semana, o ministro Celso de Mello afirmou que dizer que o impeachment é golpe era um “gravíssimo equívoco”, já que o processo é previsto na Constituição. Já Mendes e Dias Toffoli fizeram declarações em teor semelhante.
Nesta sexta-feira (22), a presidente reafirmou que “está em curso no Brasil um golpe” e ressaltou a jornalistas em Nova York que quer que o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) avaliem o processo.
“Dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira. Eu sou uma vítima, sou uma pessoa injustiçada”, ressaltou Dilma, destacando que não se pode admitir um processo de impeachment que, na verdade, segundo ela, é uma eleição indireta. “Sou vítima de um processo absolutamente infundado”, reforçou.
*Informações do jornal Folha de S. Paulo e Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.