Dilma tenta apaziguar PMDB com trocas ministeriais

  • Por Gustavo Aguiar/ Jovem Pan
  • 30/03/2015 08h41
BRASÍLIA, DF, BRASIL 12.10.2013,às 19h00. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, faz pronunciamento durante sessão plenário da casa sobre a decisão do colégio de líderes de não votar nada enquanto não for votado o piso nacional de agentes de saúde.(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER Alan Marques/Folhapress O presidente da Câmara

Dilma tenta armistício com PMDB ao definir 3 novos ministros, mas falta de articulação com a base aliada pode acirrar crise política em Brasília.

Com o petista Edinho Silva nas comunicações e o peemedebista Henrique Eduardo Alves no turismo, a expectativa para esta semana é de calmaria.

Já Renato Janine Ribeiro na Educação consegue agradar até a oposição ao proteger a pasta do racha partidário, mas Dilma espera dele ainda mais.

O cientista político Welington Almeida, da UnB, vê na recomposião a tentativa do governo de recuperar aliados e melhorar a credibilidade nas ruas.

(ouça detalhes no áudio acima)

Entre os três, Janine Ribeiro tem a difícil missão de recuperar a confiança dos eleitores no governo fazendo valer o lema “Brasil, pátria eduacadora”, de Dilma.

Mas, por ser um acadêmico à frente de uma pasta estratégica para o governo, o novo ministro pode acabar isolado em Brasília e desacreditado pelo povo. O professor da faculdade de Educação da USP Nilson Machado teme que a falta de autonomia atrapalhe Janine Ribeiro e frustre a expectativa de Dilma (ouça no áudio).

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que, na prática, o PMDB finge que faz parte do governo enquanto o PT finge que acredita.

Para o cientista político Cláudio Couto, da FGV, a declaração prova que o governo precisa fazer mais esforços para chamar a atenção da base governista.

Apesar de ter acertado com o PMDB o nome Henrique Eduardo Alves à frente do Ministério do Turismo, o governo ainda não confirmou a decisão.

A oficialização esbarra nos interesses do próprio PMDB, que encurrala o governo ao defender no Congresso o corte dos ministérios pela metade.

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