Dirceu é denunciado novamente, no dia em que o Supremo julga habeas corpus
O Ministério Público Federal ofereceu nesta terça-feira (2) nova denúncia contra o ex-ministro José Dirceu na Operação Lava Jato.
A denúncia ocorre no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga pedido de habeas corpus do petista, que já tem duas condenações na Lava Jato somando 32 anos de prisão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, a partir de duas denúncias anteriores.
Nesta terça também foram denunciados o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto, e os ex-executivos Gerson Almada (Engevix) e Walmir Santana (UTC).
Dirceu é acusado de receber R$ 2,4 milhões em mais de 33 crimes de lavagem entre 2011 e 2014 das empreiteiras Engevix e da UTC, a partir de contratos com a Petrobras. O valor teria sido usado pela empresa de assessoria do ex-ministro, a JD Assessoria e Consultoria, “para tentar limpar a imagem de José Dirceu durante o mensalão”, segundo a procuradoria.
O ex-ministro havia sido condenado a 7 anos e 11 meses de prisão na Ação Penal 470 (mensalão), mas foi para o regime aberto com prisão domiciliar em novembro de 2014. Segundo o MPF, Dirceu recebeu propina até enquanto cumpria a pena pelo mensalão.
O procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol confimou que a denúncia foi antecipada em razão do julgamento na suprema Corte. “Os fatos podem ser ou não considerados pelo tribunal, que goza de independência”, afirmou.
Preso desde agosto de 2015 em operação da Lava Jato, Dirceu está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
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