Direitos de Cunha serão analisados em analogia aos que Dilma terá, diz Mansur

  • Por Jovem Pan
  • 06/05/2016 15h30
Luis Macedo/Câmara dos Deputados Beto Mansur lê em plenário decisão sobre rito do impeachment - AGCMR

Com o afastamento inédito de um presidente da Câmara dos Deputados, a Casa passa a debater o que deve ser feito em relação a Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A Direção geral da Casa discute a retirada de direitos e regalias do peemedebista fazendo uma analogia com a situação da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista à Jovem Pan, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Mesa Diretora, reafirmou que o afastamento é algo novo e que uma análise está sendo realizada. “Estamos procurando e discutindo, fazendo uma analogia ao que está sendo dado a presidente Dilma e trazendo para a estrutura que, eventualmente, o presidente Cunha possa ter”, explicou.

Entre os direitos e regalias de Cunhas estão o uso da residência oficial, segurança da Polícia Legislativa, suspensão de pagamento para assessores e o corte de salário.

Apesar de não poder exercer seus direitos parlamentares, o peemedebista continua com foro privilegiado. Cunha deverá deixar de receber o salário de R$ 33.763,00, bem como perderá o direito à segurança da Polícia Legislativa e carro oficial com motorista. Ele deve ter ainda 30 dias para deixar a residência oficial em Brasília.

Questionado se o ato da Mesa Diretora sobre o tema sairia em pouco tempo, Mansur afirmou que o presidente da Câmara em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA), “vai afinar o assunto com os outros componentes”.

A respeito de uma tentativa de antecipação de eleições para a presidência da Câmara, Beto Mansur ressaltou a legitimidade da eleição de Maranhão. “Eu acho que estamos em um momento muito crítico. O presidente em exercício foi eleito, então essa ideia de querer substitui-lo e aparecer uma série de candidatos não tem cabimento”, disse o primeiro-secretário da Mesa.

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