Diretor da Vale determina que funcionários preservem documentos

Cadu Rolim/Estadão Conteúdo Vítimas fatais do rompimento da barragem de Brumadinho já começaram a ser sepultadas

A Vale determinou que funcionários não excluam ou destruam mensagens, documentos e arquivos da empresa. Essa medida foi tomada após o rompimento da barragem de rejeitos de minério em Brumadinho (MG), ocorrida na última sexta-feira (25).

A mineradora divulgou na tarde desta terça (29) um vídeo em que o consultor geral e diretor jurídico da empresa, Alexandre D’Ambrosio, comenta algumas decisões decorrentes do acidente que, até agora, soma 65 mortos e 279 desaparecidos.

“Uma das primeiras providências que tomei após o rompimento foi o envio de comunicação a todos os empregados no Brasil determinando que sejam preservados todo os e-mails, documentos e arquivos de qualquer espécie”, afirmou D’Ambrosio.

Sindicância

Em nota divulgada à imprensa, a Vale informou que a equipe jurídica iniciou na segunda (28), em Brumadinho, a primeira fase de uma sindicância interna para investigar as causas do acidente e que resultados preliminares “coram compartilhados com autoridades”.

Segundo D’Ambrosio, a empresa é “a maior interessada no esclarecimento das causas do rompimento”. Antes de mandados judiciais, ele diz ter se reunido com Ministérios Públicos Federal e Estadual para reafirmar compromisso com a apuração dos fatos.

Conforme o diretor, durante busca e apreensão de documentos na mina de Águas Claras, a polícia “solicitou que a empresa permitisse a extensão da diligência à outra mina, a de Mutuca”, e que a empresa concordou, “embora o pedido nem constasse da ordem judicial”.

*Com informações do Estadão Conteúdo